quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As sacolas plásticas oferecem riscos à vida de animais marinhos, que morrem engasgados quando as confundem com alimento.

 
 
Países lutam para conter ‘bolha’ do plástico
Programa brasileiro deve reduzir uso de sacolas em 3,9 bilhões até fim do ano
Você vai fazer compras e recebe o produto em uma sacola plástica. Esse ato é tão comum que fica difícil contabilizar quantas vezes isso acontece no período de uma semana, mês ou ano. Mas as sacolas plásticas tendem a ser cada vez menos utilizadas.
No Brasil, a implantação do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, em 2007, deve produzir uma redução do uso de sacolas plásticas de 3,9 bilhões até o final deste ano. Brasília, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador são as capitais brasileiras que integram o programa, que deve englobar ainda Belo Horizonte e Florianópolis este ano.
A ação é feita por meio de parceria entre as indústrias, que se comprometem a produzir embalagens dentro das normas, e as redes de varejo, cuja contribuição é treinar os funcionários para que eles conscientizem os consumidores sobre o uso e descarte das embalagens, totalizando 135 lojas de 27 redes e 4,5 mil servidores treinados.
No Rio de Janeiro, há também outro trabalho de substituição das sacolas plásticas pelas retornáveis. Por lei, os estabelecimentos comerciais têm até três anos para migrar para as embalagens sustentáveis. A iniciativa pode ser maior: há no Congresso uma proposta para proibir o uso de embalagens não biodegradáveis em todo o país, permitindo apenas as feitas sem derivados do petróleo.
As sacolas plásticas são vilões silenciosos para o meio ambiente. Além de demorar anos para se decompor, elas poluem as cidades e oferecem riscos à vida de animais marinhos, que morrem engasgados quando as confundem com alimento.
Outros países
Na Cidade do México, a tais sacolas já são motivo para multa. A administração municipal não só proibiu como aplica multas aos estabelecimentos que fornecem estas embalagens. A lei foi aprovada no ano passado e começou a vigorar em agosto deste ano. Os comerciantes que descumprirem a determinação receberão multas pesadas, que variam entre US$ 4,4 mil e US$ 90 mil.
Enquanto isso, no Chile, aguarda implementação a lei que proíbe a produção, importação, distribuição e venda de sacolas plásticas. Por ano, o país produz e descarta 3 bilhões de embalagens, segundo a Comissão Nacional de Meio Ambiente.

Andrés Bruzzone Comunicação

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