quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ibama flagra uso de aviões em desmatamento na Amazônia



O Ibama identificou uma área de floresta amazônica, do tamanho de 180 campos de futebol, destruída pela ação de herbicidas.
A terra, que pertence à União, fica ao sul do município amazonense de Canutama, na divisa com Rondônia. O responsável pelo crime ambiental ainda não foi identificado pelo órgão.
Em sobrevoo de duas horas de helicóptero, na segunda semana de junho, analistas do Ibama observaram milhares de árvores em pé, mas desfolhadas e esbranquiçadas pela ação do veneno.
Encontraram também vestígios de extração de madeira por motosserras e queimadas, práticas usadas para limpar o terreno. Especialistas dizem que os agrotóxicos, pulverizados de avião sobre as florestas nativas, matam as árvores de imediato, contaminam solo, lençóis freáticos, animais e pessoas.
Anteontem, a Folha informou que o Ibama apreendera quatro toneladas de agrotóxicos que seriam usados para esse fim. Até agora, o único registro de uso dessas substâncias em desmatamentos no Estado era de 1999.
O Ibama de Rondônia, por sua vez, afirma que, em 2008, flagrou uma área de cinco hectares destruída por herbicidas na região de São Francisco do Guaporé.
FLORESTAS PÚBLICAS
Jerfferson Lobato, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Amazonas, afirma que o uso de agrotóxicos acelera o desmatamento de florestas públicas (pertencentes à União ou aos Estados), que são um dos alvos da ação de grileiros, fazendeiros e madeireiros.
O fenômeno é recente, no entanto. O mais comum é devastar com motosserras, tratores e queimadas.
"Eles [os infratores] mudaram de estratégia porque em pouco tempo conseguem destruir mais áreas com os agrotóxicos. Assim, deixam de mobilizar muitos extratores para driblar a fiscalização do Ibama", afirmou Lobato.
O Ibama chegou à área destruída, de 178 hectares, depois que o sistema por satélite Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou indícios do crime ambiental. "Fomos verificar e confirmamos a destruição."
Para encontrar o local no sul de Canutama (555 km em linha reta de Manaus), os analistas ambientais do Ibama partiram de helicóptero de Humaitá (AM) em direção a Porto Velho (RO).
A terra atingida fica entre o Parque Nacional de Mapinguari e a terra indígena Jacareúba/Katawixi, que ainda não foi demarcada. De acordo com o chefe da delegacia especializada em repressão contra crimes ambientais e patrimônio histórico da Polícia Federal, delegado Carlos André Gastão, pulverizar agrotóxicos em florestas é crime.
Um inquérito deve ser aberto para investigar a denúncia, após a notificação do Ibama. "A pessoa será responsabilizada pelo uso indevido de agrotóxicos e pelo desmatamento", disse. A multa pode chegar a R$ 2 milhões, afirma o órgão.
ALTA E BAIXA
O Inpe divulgou ontem os dados do Deter correspondentes ao mês de maio deste ano. Foram derrubados 268 km² de mata na Amazônia, um aumento em torno de 2,5 vezes  em relação ao mesmo mês do ano passado.
É, no entanto, uma desaceleração no desmate em relação aos meses de março e abril, quando a média da área derrubada chegou a quase 300 km². O governo atribui a diferença ao fortalecimento da fiscalização em abril.



VÃO ACABAR COM O BRASIL, QUE NOVO CÓDIGO QUE NADA !!!! NÃO VAI SER PRECISO....JÁ ESTÃO ACABANDO.. EH PETRALHAS!!!

Um comentário:

  1. É o Fim da Humanidade... Em 1980 eu fui ao Estado do Pará, e já naquela época a mata estava debilitada, vi e convivi durante um ano naquela Região, conheci o Inicio do KM 30, Redenção, Nova Marabá, Rio Maria, Xinguara,aquilo estava tudo no começo, o KM 30 tinha apenas uns 10 barraco, hoje sei que já virou uma cidade, e o Rio Maria não passava de uma rua com umas 8 casas, e hoje também virou cidade, ninguém imagina (quem nunca entrou em uma mata) a Beleza da natureza, eu dormia em rede no meio do mato, ia dormir as 17:30 porque tudo escurecia neste horário, e você só ouvia os ruídos dos animais ao longo da noite, as arvores eram maravilhosas, vi um mogno de mais de 5 metros de diâmetro, e talvez uns 40 metros de altura, aquilo era um sonho, nós estávamos em 6 pessoas e não conseguimos abraçar aquela arvore... Infelizmente sei que hoje aquele local deve ter desaparecido, pois tá tudo sendo destruído pelo homem, infelizmente... Se o Governo continuar nesta ociosidade diante desta situação, em pouco tempo o Brasil vai virar uma nação desértica e todos nós pereceremos, não a à necessidade de agredirmos mais a natureza desta maneira... Que Governo é este que larga tudo nas mãos dos corruptos e incompetentes...

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