quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Brasil na conferência da ONU sobre mudanças climáticas

A conferência da ONU sobre Clima arrancou ontem em Copenhague, Dinamarca, e o Brasil participa a favor de um acordo visando a formação de uma estratégia global para lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Para manifestar a sua boa vontade e cometimento com a causa climática, o país propôs um corte voluntário de 40% na sua emissão de gases de efeito estufa. A China, os Estados Unidos e índia juntaram-se recentemente ao Brasil tomando decisões similares.

No Brasil, a questão do desmatamento da Amazônia constitui um dos principais problemas ambientais e que praticamente coloca o país no quarto lugar na lista dos maiores poluidores.

Segundo Saulo Rodrigues do Centro de Desenvolvimento Sustentável, se não fosse a questão da mata amazônica, o país estaria em 10 lugar na lista.
“Não fosse isso o Brasil seria o 10º”, disse.
A maior e mais importante conferência da ONU sobre mudanças climáticas na história, começou na segunda-feira, com diplomatas de 192 países a serem avisados que este poderia ser a melhor última oportunidade de acordar em proteger o mundo dos efeitos calamitosos do aquecimento global.
A conferência, o climax de dois anos de negociações conflituosas, acontece num clima positivo após uma série de promessas das economias mais avançadas e emergentes no sentido de reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa.
A presidente da conferência, Connie Hedegaard disse que a chave para um acordo é encontrar uma maneira de aumentar e canalizar financiamento público e privado aos países pobres nos próximos anos para ajudá-los a combater os efeitos das mudanças climáticas.
Hedegaard – antiga ministra do clima da Dinamarca – disse que se os governos perdem sua chance na cimeira de Copenhague, poderá não haver uma melhor oportunidade.
“Esta é a nossa chace. Se a perdemos, pode levar anos para voltarmos a ter uma outra oportunidade. Isto se viermos a ter,” disse.
O primeiro ministro dinamarquês disse que 110 chefes de estado e governos participariam nos últimos dias da conferência de 2 semanas. A decisão do presidente norte-americano Barack Obama de participar no fim da conferência e não no meio, é tida como um sinal positivo de acordo eminente.
Os cientistas dizem que sem o acordo, a Terra irá encarar as consequência das maiores subidas de temperaturas que temos memória, que levará a extinção de plantas e espécies animais; inundação de cidades costeiras – cerca de metade da humanidade vive dentro de uma distância de 160 quilômetros da costa – eventos climatéricos extremos, secas e disseminação de doenças.
As negociações que tem sido arrastadas por dois anos, so recentemente começaram a mostrar sinais de avanços, com novos comprometimento para cortar emissões de gases de estufa feitos pelos Estados Unidos, China e índia.
A primeira semana da conferência será focada em refinar um complexo texto draft do acordo. Entretanto, as decisões mais importantes aguardarão a chegada dos ministros do ambiente e dos chefes de governos nos dias finais da conferência, que deverá terminar a 18 de Dezembro.
Entre as decisões que esperam que sejam tomadas, inclui-se um fundo anual de $10 bilhões a ser canalizado aos países pobres nos próximos 3 anos, para ajudá-los as preparar as estratégias contra mudanças climáticas. Depois disso, centenas de bilhões de dólares serão necessários por ano para colocar o mundo a usar novas energias e adaptar-se aos novos climas.

fonte: International Business Times / http://www.ibtimes.com.br

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