domingo, 18 de dezembro de 2011

Relator do Código Florestal no Senado recebeu doações de madeireiras e carboníferas


Como governador de Santa Catarina, Luiz Henrique articulou projeto que tira poder da União para fiscalizar e punir desmatadores.

senador ruralista Luiz Henrique da Silveira (PMDB).



São Paulo – Após a pressa da bancada de representantes do agronegócio em aprovar as mudanças no Código Florestal no plenário da Câmara, o projeto de lei 1876, de 1999, chegará ao Senado com endereço certo. Luiz Henrique da Silveira (PMDB), ex-governador de Santa Catarina, será o relator na Comissão de Constituição e Justiça. Ele tem histórico de proximidade com o agronegócio, o que inclui as doações para sua campanha eleitoral em 2010.

O senador já avisou ao Executivo que tem convicções fortes em torno do tema e que não vai abrir mão delas. Boa parte das posições de Luiz Henrique é conhecida, e nada tem a ver com os pensamentos dos sonhos de grupos que lutam pela preservação ambiental. Ele deseja reduzir as Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens de rios.

Como governador, o pemedebista articulou a aprovação do projeto que permite à Assembleia Legislativa catarinense aprovar leis que se sobreponham às normas federais. A intenção da bancada ruralista, muito forte na Casa daquele estado, é assegurar a redução das APPs e das margens de reserva legal. As mudanças ainda não entraram em vigor porque o Supremo Tribunal Federal (STF) vai avaliar se são ou não constitucionais.

Além disso, Luiz Henrique tem entre suas principais doadoras de campanha empresas diretamente envolvidas na mudança da atual legislação federal. A principal contribuição na corrida das eleições de 2010 veio da Votorantim, que atua, entre outras áreas, na de papel e celulose. Trata-se de um setor que demanda grandes áreas florestais e uso intensivo de água, em especial na linha de produção. Um sexto dos R$ 3,1 milhões recebidos pelo senador vieram da Votorantim. A Adami S/A e a Celulose Irani, também do setor, doaram R$ 150 mil no total.

Vários representantes da indústria carbonífera, outro setor apontado como causador de desmatamento e poluição atmosféricas, integram a lista de doadores oficias entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Metropolitana, Rio Deserto e Siderópolis figuram na lista de quem contribuiu para a eleição de Luiz Henrique.

Histórico

A bancada ruralista no Congresso soma ao menos 170 parlamentares. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) demonstra que quase um quarto dos senadores são representantes diretos do agronegócio. A atual legislatura no Senado tem 18 integrantes desta frente – quatro dos seis que chegaram este ano à Casa são ex-governadores.

O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), já manifestou há semanas que pretende dar tramitação rápida ao texto. A intenção é assegurar que o projeto passe pela Casa sem alterações, o que possibilita o encaminhamento direto ao Palácio do Planalto, sem necessidade de nova discussão na Câmara.


Equipe @Terrachamando

É o que sempre comentamos no Brasil nada é feito pelo povo,para o povo ou pelo próprio pais, tudo é feito de acordo com os interesses dos politicos o ALDO REBELO enquanto relator da comissão especial de alteração do código florestal, seguiu os interesses dos ruralistas em acordão com o Lula, MINC e Reinold Stephanes,não ouviram os cientistas, na câmara o relator escolhido alguem com dos madereiros tambem não atenderam o pedido da SBPC e ABC em relatório entregue ao Senado, votaram de acordo com os interesses deles. Ao invés de criarem uma norma com politicas para o agrobusiness, é mais fácil para eles alterarem uma lei considerada uma das mais avançadas do mundo, agora o pais retrocederá os desmatamento está aumentando em algumas regiões do pais, os desmatadores serão isentos, não serão punidos, não pagarão as multas aplicadas pelo IBAMA, o IBAMA perdeu seu poder  de fiscalizar e punir desmatadores. Enfim o que querem os picaretas do CONGRESSO  de PICARETAS  é a IMPUNIDADE!!!!!  As punições servem apenas para o povo, pobres, sitiantes, pequenos agricultores os demais saem livres, e rindo de todos. Uma vergonha.

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