segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Amazonas quer reduzir mais unidades de conservação

          Área de pastagem em Apuí. Crédito: Divulgação/Idesam 


Três unidades de conservação do Amazonas - Floresta Estadual Apuí , Parque Estadual Sucunduri e Parque Nacional Juruena - estão no caminho de projetos de exploração de calcário e poderão ter alterados seus status enquanto unidades de conservação - a exemplo do que aconteceu recentemente com o Parque Nacional Nhamundá,  que virou Área de Proteção Ambiental Guajuma. A ideia tem sido incentivada pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT), que cogita entrar na Assembleia Legislativa com um projeto de lei para recategorizar as unidades.

No final de julho, durante o seminário sobre Plano Estratégico de Expansão Econômica com a Jazida de Calcário do Sucunduri, em Apuí, Sinésio Campos e representantes de vários órgãos estaduais fizeram um levantamento das demandas e defenderam a política mineral do Estado do Amazonas, segundo informações publicadas no site da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Tanto o prefeito do município de Apuí, Marcos Maciel, quanto o titular da recém-criada Secretaria Estadual de Recursos Minerais, Daniel Nava, consideram que o calcário explorado pode ser usado na recuperação dos solos degradados e ajudar no controle do desmatamento.

“Essa discussão já é antiga, o calcário é de excelente qualidade, um dos melhores que existem no país. Ele ajuda a equilibrar o PH do solo e disponibiliza nutrientes - em Apuí o solo é muito ácido e ´calcarear´ áreas já desmatadas de fato pode diminuir a necessidade de abrir novos desmates. No entanto, esta decisão pode ser preocupante ao explorar a região sem gerar benefícios ou contribuir para o desenvolvimento local”, afirma Gabriel Carrero, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam). Para Izac Theobald, chefe do Mosaico do Apuí - bloco formado por nove Unidades de Conservação - a discussão sobre o empreendimento deve extrapolar a esfera estadual. “Por envolver um parque nacional, qualquer obra precisa ter autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)”, diz.

A área prevista para a exploração de calcário está localizada na Floresta Estadual Apuí, no município de Apuí, há 455 quilômetros de Manaus. Para viabilizar o empreendimento será necessário desmatar para abrir uma estrada que permita o tráfego dos veículos com o produto trazido da Floe Apuí, onde está prevista a lavra do calcário. A estrada está sendo planejada para ser construída dentro do Parque Nacional Juruena. O traçado definitivo para a licença de exploração de calcário na região deve ser feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).



Fonte: http://www.oecoamazonia.com


A proposta de recategorizacao das unidades estaduais parece apenas um oportunismo politico desprovido de justificativa tecnica, pois tanto a Secretaria de Recursos Minerais quanto o deputado deveriam saber que a categoria de Floresta Estadual nao conflita com o interesse de explorar com responsabilidade socio-ambiental o calcario do Apui. Portanto, esta agenda da mineracao neste trecho do Apui, na verdade depende mesmo e de recategorizar uma unidade de conservacao federal. O argumento, a meu ver, so reforca a insustentabilidade ambiental das praticas agricolas propostas no Apui, dependendo de insumos caros (pois quem vai lucrar mesmo com isso e quem vai vender o calcario aos produtores), e externos ao sistema de producao, para quem sabe, caso de certo, gerar melhor desempenho economico nas propriedades rurais. Durante as consultas publicas para criacao do mosaico do Apui, composto de unidades estaduais, a demanda dos produtores rurais de manter a possibilidade da exploracao comercial do calcario foi atendida, e por isso a categoria definida para aquele trecho do mosaico foi justamente uma floresta estadual. Portanto, se existe alguma razao para esta proposta de recategorizacao, ela certamente nao e por causa do calcario. O deputado parece estar mal assessorado neste caso. (Rita Mesquita).




Bem qual é o partido do sujeito? 
eles não querem bem algum para o pais, apenas desmatamento, destruir o pais, roubarem e matarem a população nos corredores de hospitais.  Querem desmatar,criar novos estados dividindo os estados atuais em 2 ou 3, Minas Gerais,Bahia, Goias, Tocantins,Pará, Maranhão, Mato Grosso,Amazonas ,querem criar 14 novos estados para criarem novas administrações municipais ,estaduais e criar inúmeros cargos políticos para eles e seus familiares, portanto sou contrario a essa retalhação de nosso pais. por daqui a pouco faremos a pergunta da foto.

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